segunda-feira, 23 de junho de 2014

AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA: Uma reflexão que acredita-se ser necessária



Foto Por Mônica Freitas
Na noite de ontem, estive mais uma vez em frente ao Adro da da Igreja Matriz de São João Batista de Nossa Senhora da Conceição  - padroeiros de Apodi - para contemplar uma das obras de arte construída pela Associação Raimunda Dantas (ARD). Aliás, não há como não descrevê-la, como gênero teatral, diferente do, pelo menos, mergulhada em toda a estética, beleza e deslumbramento que uma produção artística pode ocasionar aos sentidos humanos. Foi uma apresentação fantástica, quando se trata de Arte, no seu sentido mais abrangente da palavra. 

Contudo, a minha análise não se direciona apenas à bela imagem reproduzida por aqueles tão "nossos" atores e atrizes que identifica o cunho artístico. Vejo, no plano de fundo do Auto de São João o espetáculo de cunho cultural-religioso e social. É indiscutível a importância deste tipo de investimento - que parece apenas estético - para o desenvolvimento cultural e social da nossa gente, das crianças, dos jovens e até dos adultos. 

O conteúdo imerso nas apresentações da Associação Raimunda Dantas, até aqui, analiso como de alta qualidade, uma vez que, agrega em seu contexto as bases de valores cristãos que são muito importantes para a formação da postura do sujeito de boa índole e que quer ser construtor de uma sociedade melhor. 

Porém, a minha tristeza foi ouvir em alto e bom som, da voz do professor Marcos Magalhães, a frase mais ou menos assim: "Há pessoas que nos amam, há pessoas que nos odeiam". Não há, como não efervescer na mente um complexo "porquê" diante de tal realidade. Não vejo motivos para ódio do belo e do necessário, uma vez que vejo nossos jovens se desestruturarem fisicamente, psicologicamente e espiritualmente num mundo de tantas discrepâncias dos valores sociais benéficos que acabam se tornando nocivos á sociedade. 

Defendo, com altivez profunda que, ao invés do ódio, o sentimento fosse de "GENEROSIDADE e RESPONSABILIDADE". Nós estamos precisando trabalhar a cultura dos nossos meninos, e os poderes constituídos como PÚBLICOS devem ser os primeiros a penetrar esse campo. O que sei que não ocorre por aqui, pelo menos da forma como deveria ser.

Entretanto, gostaria de PARABENIZAR os nomes que ouvi dos apresentadores do evento como colaboradores de tal feito: Aloma Teresa (Secretária de Ação e Promoção Social do Município)  e o Deputado Kelps Lima, que sei ser colaborador da ARD há tempos. Estão realmente sendo co-participantes de uma construção de grande valor para o nosso povo. Aplausos. 

Por Mônica Freitas 


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